Francesas foram pioneiras em usar calcinha; para inglesas, era coisa de prostituta

ARIADNE ARAÚJO
colaboração para a Livraria da Folha

Fora com a confortável calcinha de algodão e o sutiã de loja de centro da cidade. Lingeries finas e caras dão o tom do dia, trazem confiança e, óbvio, deixam você sexy para o caso do príncipe aparecer. Intrigada para saber destes e de outros truques de beleza e sedução que fazem a diferença em uma mulher, a jornalista inglesa Helena Frith Powell deu a palavra a quem mais entende de moda no mundo e escreveu "A Elegância e os Segredos da Mulher Francesa- dois batons e um amante" (Prumo).

E por que dois batons? Ora, um para o dia, outro para a noite. Quanto ao amante, você sabe, franceses, ao que consta, não conseguem, ou não querem, frear instintos e paixões. Vale aqui um registro histórico: as francesas já usavam calcinhas antes do resto da Europa. A rainha consorte da França, Catarina de Médici, introduziu-as no país por volta de 1530 porque, nas cavalgadas, queria se "proteger do mau tempo". Enquanto isso, na Inglaterra, os britânicos achavam que calcinha era coisa para prostitutas.

Portanto, as francesas têm know-how nesta coisa de roupa de baixo. Acredite. Acessórios de moda, estas peças íntimas, tão a gosto em Paris, integram-se ao guarda-roupa e não é mais algo que se coloca apenas por baixo - elas são as novas roupas. Isso quer dizer, podem ser deixadas sutilmente à mostra. Mas, as francesas insistem, é levar o sutil a sério, sem vulgaridades. Uma coisa, no entanto, é ponto de honra. A parte de cima e a de baixo devem estar combinando. Mesmo que só você saiba e veja isso.

D'accord. Mas, e o resto? A escritora descobriu conversando com gurus da moda, experts em beleza, profissionais da sedução, personal stylists que beleza e elegância têm preço, mas funciona. Na lista, bons produtos de beleza, bom cabeleireiros, algumas peças básicas no guarda-roupa e muitos, muitos acessórios. Para saber o quanto elas levam isto a sério, as pesquisas dizem que as francesas são as maiores consumidoras de produtos de beleza da Europa. Isto, sem falar nos perfumes, mania nacional.

Mas se você quer se transformar em uma charmosa francesa nos trópicos, fique sabendo que a regra geral é "melhor morta do que feia". Ilustra bem esta máxima o romance de Choderlos de Laclos, conhecido em português como *"As Ligações Perigosas". No final do livro, a diabólica Madame de Merteuil - no cinema, interpretada por Glenn Close - contrai varíola e fica desfigurada. Vingança em alto grau. Segundo Helena Frith Powell, a personagem poderia ter sobrevivido à excomunhão e à pobreza, mas feiúra é algo que não se pode suportar.

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" Elegância e os Segredos da Mulher Francesa"
Autora: Helena Frith Powel
Editora: Prumo
Páginas: 160
Quanto: R$ 21,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

Fonte: Folha Online




Seios das mulheres britânicas estão cada vez maiores, médicos não sabem por quê e indústria corre para atender à demanda

RIO - Há algo de estranho no mundo dos sutiãs. Nos últimos anos, o tamanho médio do sutiã britânico, que pode servir de parâmetro para o que vem acontecendo no mundo todo, pulou de 34B para 36D (medidas internacionais: os números se referem ao tamanho das costas, e as letras ao bojo, o volume dos seios). Isso significa que, enquanto as costas das mulheres cresceram um tamanho, os seios saltaram acima de dois. E muitas lojas de departamentos têm aumentado a variação de tamanhos de taça para atender à demanda, como mostra reportagem do The Guardian .

Em 2007, a Marks & Spencer introduziu um modelo com bojo maior. E no início deste ano, a Selfridges começou a estocar uma grande quantidade um númerto acima deste modelo da Marks & Spencer, sendo que as vendos dos modelos maiores têm crescido em 50% ano após ano desde 2005. E na semana passada, a Debenhams iniciou o estoque de sutiãs KK, a maior das numerações, que anteriormente estavam disponíveis apenas em lojas especializadas.

Num país onde uma em cada três mulheres está acima do peso pode-se pensar que esta seria a única razão para esse fenômeno. Mas a obesidade sozinha não explica a procura por números maiores. Há também mulheres magras com seios maiores do que antes. E todas estão felizes com isso, e os homens também. Mas ninguém sabe dizer o que está acontecendo.

Cerca de 50% das britânicas usam sutiã e uma pesquisa realizada no ano passado estimou que a mulher média tem 16 sutiãs, e ela compra quatro a cada ano, lutando para se ajustar aos diferentes modelos; como se tentasse resolver um problema de álgebra.

Entenda como é feita a medição do sutiã pela Calculadora Internacional de Tamanhos de Seios

Como não é novidade que a maioria odeia matemática ou física, a forma moderna de encontrar o ajuste correto é ir a uma loja e pedir a alguém para fazer isso por você. O difícil é encontrar essa variedade de tamanhos, que contemple o volume e as costas, no Brasil.

A designer australiana Sue Dunmore, que se especializou no mercado de sutiã DD (o equivalente ao bojo 50), diz que busca um design 3D para as lingeries que cria:

- Temos que criar estruturas tridimensionais. Precisamos entender de formas 3D para criarmos um bom sutiã.

Teorias tentam expliocar fenômeno

Há várias teorias para explicar a explosão dos seios. Algumas defendem que sutiãs maiores trazem o desejado efeito de parecer ter seios grandes. Outras correntes defendem que o aumento dos seios pode ser resultado de excesso de bebida alcoólica e gordura acumulada.

- Uma caloria é sempre uma caloria, não interessa onde ela esteja localizada - explica Sian Porter, consultora de alimentação e porta-voz da Associação Britânica de Dieta. - A verdade, é que há 7 calorias por grama de álcool e 50% das pessoas ignoram os drinques nas suas contas.

Há teorias de que as mulheres estão mais peitudas porque há gerações todas elas vêm se alimentando melhor. Há médicos que associam o crescimento dos seios à i9dade que as meninas menstruam, cada vez mais cedo. A verdade é que os médicos poderão levar anos investigando as hipóteses enquanto que as mulheres estarão desfilando cada vez mais felizes com os seus super-seios.

Fonte: O GLOBO




"Efeito Cougar" reforça vendas de lingerie no Reino Unido

LONDRES (Reuters) - As vendas de lingerie sensual para mulheres mais velhas estão em alta na Grã-Bretanha graças às quarentonas glamurosas de "Sex and the City 2" e "Cougar Town", anunciou na quinta-feira a rede varejista Debenhams.

O seriado de sucesso na TV e o filme, ambos mostrando a vida sexual de mulheres na casa dos 40 ou 50 anos e seus parceiros muito mais jovens, estão sendo vistos como responsáveis pela alta na demanda de lingerie para mulheres dessa idade, disse a Debenhams.

Em uma análise nacional dos estilos de lingerie mais procurados entre outubro de 2009 e abril de 2010, a loja de departamentos revelou que as mulheres de mais de 40 anos vêm dando um reforço grande à indústria de lingerie sedutora.

"Os exemplos femininos positivos dessa faixa etária, como as mulheres dos filmes 'Sex and the City' e Courteney Cox em 'Cougar Town', estão levando as mulheres a sentir confiança para gastar com elas mesmas", disse em comunicado a compradora chefe de lingerie da Debenhams, Annette Warburton.

As mulheres de mais de 40 estão redescobrindo seu corpo, com frequência depois de terem filhos e se divorciarem.

No passado, disse a loja, as principais compradoras de sutiãs que ressaltam os seios, corpetes, fios-dentais, meias-calças e outros artigos do tipo eram mulheres na casa dos 20 anos.

"Com as mulheres de 40 e poucos anos sendo descritas como as novas mulheres de 20 e poucos, e os criadores de lingerie oferecendo produtos para alimentar esta demanda, esse é um mercado que prevemos que irá crescer ainda mais no futuro", afirmou Warburton.

(Reportagem de Paul Casciato)

Fonte: O GLOBO




Marca de lingeries investe em mulheres comuns como estrelas da nova coleção

RIO - A campanha contra modelos magras demais está pegando fogo lá fora. Depois de os psiquiatras britânicos lançarem uma campanha contra o uso do photoshop para emagrecer as moças, numa tentativa de frear os casos de anorexia e bulimia, e as grifes decidirem usarem modelos mais gente como a gente em seus comerciais de moda, a Bravíssimo, uma marca de lingeries inglesa, decidiu fazer um novo ensaio só com mulheres normais, que nunca antes foram modelos.

A grife, especializada em lingerie para mulheres com tamanhos de seios maiores, fez um concurso para selecionar as estrelas da campanha. De 600 inscritas, cinco foram escolhidas: Patricia Arteaga, Leela Tikadar, Riann Quinn, Katie Hardy e Jess Edwards.

Fotografadas em poses sensuais, mas divertidas, nenhuma das candidatas tinha experiência anterior como modelo. A assistente de marketing Riann, de 22 anos, afirmou ao jornal "Daily Mail", que estar entre as cinco finalistas foi o melhor prêmio que já recebeu na vida. Jesse, de 21, se diz confiante em mostrar suas curvas, mesmo com a pressão em cima das modelos para elas serem magras.

A empresa, que convocou suas modelos em um programa de dança na televisão, afirma que quer promover a autoestima de suas consumidoras, e mostrar que existem mulheres podem ser sensuais mesmo não vestindo tamanho P.

Fonte: O GLOBO